Ou, o dia em que vendi queijo coalho na praça.
Pois é amigos invisíveis! Depois de um tempo sem ter tempo nem para pensar direito, estou me reservando uns momentos de descontração e é nessas horas que me assaltam à mente lembranças do tempo mais repleto de coisas vazias e sem sentido que fiz em minha vida e que agora, depois de tudo, se tornaram pelo menos engraçadas e que quero compartilhar com vocês, assídua desassitência desse blog.
Nos meus dezesseis anos tudo era motivo para estar junto de algumas meninas e farrear, logo, o que vou contar agora não haveria de ser diferente.
Pois que estava ficando com uma menina na cidade de Lauro de Freitas, município "colado" a Salvador, onde passávamos os finais de semana e apesar da minha "rebeldia" nessa época, somente viajava com papai e mamãe, principalmente para Lauro onde tinhámos a casa de praia (que aliás, ficava longe da praia), Então tinha que arrumar motivo para ir até lá nos finais de semana em que a família não poderia estar lá.
Essa menina era parente da família que cuidava lá de casa, e havia recomendações expressas para não me deixar chegar escondido ou "sozinho" para dormir lá, mas, com 16 sempre se dá jeito para tudo.
Então bolei um "plano infalível": ia chegar lá, como quem não queria nada e me ofereceria para ajudar o pessoal, que nas festas vendia queijo coalho e maça do amor, ficaria tarde para voltar e não teria como voltar de ônibus, aí...tchãrãããããããããñ ficaria lá, "sozinho" com ela.
Isto posto, coloquei o plano em execução, só não imaginava que ajudar ia dar tanto trabalho....
A minha tarefa escolhida foi de levar todo o queijo coalho num carro de mão até a praça, onde ia ter a festa, que ficava a mais ou menos uns 20 minutos andando lá de casa.
Pausa: Nessa época eu era uma pessoa bem forte com meus 49 quilos bemdistribuídos em 1,62 metro de altura.
Todo o queijo estava acondicionado até a tampa numa caixa de isopor, daquelas bem grandes, devia ter mais ou menos umas seis toneladas para transportar pelo caminho, que a essa altura devia ter uns 900 quilômetros. Não precisa nem dizer que estava começando a me arrepender de minha idéia brilhante.
Pausa 2: Somente para citar, minha casa ficava numa rua com um leve e quase imperceptível declive e que acabava, antes da esquina numa lombada (ou quebra-molas).
Como estava falando, a caixa tinha umas seis toneladas de peso, e eu, observador, não percebi que a inclinação da rua daria uma força na descida eu forte como um touro, não consegui segurar o carrinho, que parece ter ganho vida própria naquele momento, começando a desenvolver mais e mais velocidade. O meu desespero aumentava naquela lua solitária com o veículo independente e senhor de si até que.......
Pois é amigos invisíveis! Depois de um tempo sem ter tempo nem para pensar direito, estou me reservando uns momentos de descontração e é nessas horas que me assaltam à mente lembranças do tempo mais repleto de coisas vazias e sem sentido que fiz em minha vida e que agora, depois de tudo, se tornaram pelo menos engraçadas e que quero compartilhar com vocês, assídua desassitência desse blog.
Nos meus dezesseis anos tudo era motivo para estar junto de algumas meninas e farrear, logo, o que vou contar agora não haveria de ser diferente.
Pois que estava ficando com uma menina na cidade de Lauro de Freitas, município "colado" a Salvador, onde passávamos os finais de semana e apesar da minha "rebeldia" nessa época, somente viajava com papai e mamãe, principalmente para Lauro onde tinhámos a casa de praia (que aliás, ficava longe da praia), Então tinha que arrumar motivo para ir até lá nos finais de semana em que a família não poderia estar lá.
Essa menina era parente da família que cuidava lá de casa, e havia recomendações expressas para não me deixar chegar escondido ou "sozinho" para dormir lá, mas, com 16 sempre se dá jeito para tudo.
Então bolei um "plano infalível": ia chegar lá, como quem não queria nada e me ofereceria para ajudar o pessoal, que nas festas vendia queijo coalho e maça do amor, ficaria tarde para voltar e não teria como voltar de ônibus, aí...tchãrãããããããããñ ficaria lá, "sozinho" com ela.
Isto posto, coloquei o plano em execução, só não imaginava que ajudar ia dar tanto trabalho....
A minha tarefa escolhida foi de levar todo o queijo coalho num carro de mão até a praça, onde ia ter a festa, que ficava a mais ou menos uns 20 minutos andando lá de casa.
Pausa: Nessa época eu era uma pessoa bem forte com meus 49 quilos bemdistribuídos em 1,62 metro de altura.
Todo o queijo estava acondicionado até a tampa numa caixa de isopor, daquelas bem grandes, devia ter mais ou menos umas seis toneladas para transportar pelo caminho, que a essa altura devia ter uns 900 quilômetros. Não precisa nem dizer que estava começando a me arrepender de minha idéia brilhante.
Pausa 2: Somente para citar, minha casa ficava numa rua com um leve e quase imperceptível declive e que acabava, antes da esquina numa lombada (ou quebra-molas).
Como estava falando, a caixa tinha umas seis toneladas de peso, e eu, observador, não percebi que a inclinação da rua daria uma força na descida eu forte como um touro, não consegui segurar o carrinho, que parece ter ganho vida própria naquele momento, começando a desenvolver mais e mais velocidade. O meu desespero aumentava naquela lua solitária com o veículo independente e senhor de si até que.......
Cheguei ao quebra-molas (ou lombada), que serviu como um freio brusco para parar a viatura autônoma e como a física é implacável, naquele momento comprovei de verdade que a inércia funciona de verdade e a caixa voou longe e o queijo se esparramou todo no chão!
Rapaz, foi queijo pra tudo o que é lado. A minha vergonha e raiva pela besteira e pelos meninos que estavam na rua e ficaram rindo da minha cara de abestalhado naquela cena lamentável.
Como o grande lance da vida é sair com estilo das situações embaraçosas, não me fiz de rogado e saí catando um a um os espetinhos de queijo naquele fim de tarde de verão, não sem antes de dar uma bela "limpada" no material, tirando pelo menos as partículas mais visíveis, na tentativa de minimizar o prejuízo. Finalizada a tarefa segui o resto do caminho com elegância inabalável e a convicção de não contar para ninguém o ocorrido.
Já que o que os olhos não veem o coração no sente, o faturamento foi um sucesso e não voltou nada para casa! E ainda consegui o meu objetivo, ainda que tivesse de pular o muro para ter tranquilidade.
O pagamento do serviço foi feito com algumas cervejas e um suculento pedaço de queijo assado, devidamente esterilizado pelo calor da brasa que eliminou qualquer vestígio de agentes patogênicos que pudesse causar problemas maiores ao corajoso degustador que vos escreve.
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