Para mim, um mais belos carros de todos os tempos.
O BT 55 foi o último exemplar de uma linhagem que conquistou dois mundiais de pilotos com o Nélson Piquet.
Era um projeto arrojado para a época, que investiu pesado na aerodinâmica, ocasionando num carro muito baixo e plano. Com um design limpo e um esquema de cores sóbrio azul escuro e branco, era um conjunto harmoniosamente lindo.
Por ser muito baixo, tinha menos de um metro de altura até o santoantonio, forçava os pilotos guiarem quase deitados com as penas abertas, o que diziam dificultar fazer curvas, tamanho o desconforto que causava.
Além disso, para não interferir na aerodinâmica, a BMW teve de criar uma versão especial do motor M12 turbo "deitado", além de desenvolvimento especial das partes do carro, como suspensão e caixa de marchas, por exemplo.
Lembro do Jornal Nacional anunciar o carro e entrevistarem Niki Lauda e ele respondeu que o carro era lindo, só faltava saber se andava. Mas não andou.
Pouca potência do motor e caixa de marchas frágil provocaram diversas quebras no ano.
O resultado nas pistas foi um fracasso: apenas dois pontos em 16 corridas, além de provocado a morte do piloto Elio de Angelis em testes particulares no circuito de Paul Ricard.
Não é exagero creditar a esse modelo o começo da decadência da Brabham, que encerrou suas atividades anos depois.
Epílogo:
Em 1986 Gordon Murray se mudou para a McLaren, como diretor técnico e dois anos mais tarde, baseado nas idéias do BT55 e corrigidos os erros, construiu o MP4/4, carro que venceu 15 das 16 corridas possíveis e deu o primeiro título a Ayrton Senna.
Dados Técnicos
Carro: Brabham BT55 "Skate"
Projectista: Gordon Murray
Motor: BMW Turbo de 4 cilindros
Pilotos: Riccardo Patrese, Elio De Angelis (4 corridas), Derek Warwick (12 corridas)
Corridas: 16
Vitórias:0
Poles:0
Voltas Mais Rápidas:0
Pontos: 2 (Patrese)
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