27/07/2014 Hungaroring - Budapeste
Gostar de automobilismo é algo que algo não tem explicação. Os detratores não o consideram como esporte, ou que são carrinhos dando voltas e voltas que não chegam a lugar nenhum. Mas a competição, o desafio em superar os limites, a imprevisibilidade, a tecnologia aplicada tudo isso para se ganhar um pentelhésimo de segundo e superar os concorrentes, onde os detalhes fazem a diferença entre a vitória e o resto, fazem das corridas de automóveis durante cerca de duas horas uma síntese do que é a vida...
Por mais que se explique, não dá para exprimir em palavras o que é gostar de corridas de carro, e em especial de corridas de Fórmula 1. Mas o que aconteceu hoje na Hungria consegue em parte evidenciar o que é essa paixão...
Uma corrida na acepção da palavra, com todos os ingredientes para aqueles que não entendem, entender o que é essa paixão. Foi absolutamente lindo de ser ver.
Antes de mais nada a pista de Hungaroring é a segunda pista mais lenta de toda a temporada, perdendo apenas para a de Mônaco, de rua. Com poucas retas e muitas curvas, são 14 nos 4,381 Km de extensão, ultrapassar nessa pista não é tarefa das mais fáceis nessa pista de baixa velocidade, o que proporciona ou corridas extremamente chatas ou espetaculares como a de hoje.
E o que vimos hoje, foi para a história.
Teve chuva, ultrapassagens, disputa por posições, acidentes, interrupções, indefinições do clima, enfim, totalmente indefinido até a bandeira final, onde os detalhes fizeram a diferença.
Ante estas variáveis, podemos dizer exageradamente que foi uma corrida maluca....
Dos destaques, podemos começar pela parte de baixo da classificação:
Pastor Maldonado
Bateu nos outros, rodou, quase quebrou e ainda assim conseguiu chegar em 13o. Para melhorar, ainda viu Grosjean bater sozinho durante o safety car. Permanece em 2015 lastreado pela PDVSA, a Petrobrás deles.
Kimi Raikkonen: Numa corrida sem sal nem pimenta, merece destaque por largar em 16o e chegar em 6o.
Lewis Hamilton: embora não chegou em primeiro, foi o grande vitorioso do dia. Largou dos boxes, saiu da pista, teve o aerofólio dianteiro danificado e chegou em terceiro. Esperava-se que sairia da corrida com uma distância universal atrás do Nico Rosberg, mas acabou que ao chegar à frente do companheiro de equipe, reduziu a diferença de 14 para 11 pontos.
Nico Rosberg
Talvez o grande perdedor, largou na frente, teve problemas nos freios e apesar da reação na parte final da corrida chegou em 4o, exatamente atrás do Hamilton.
Daniel Ricciardo
Não tem muito pra falar do único esse ano que bateu as Mercedes e está botando, somente, Vettel no bolso.
Menção Honrosa
Fernando Alonso: mais uma corrida em que mostrou que atualmente é o melhor entre todos e entra fácil na lista de melhores de todos os tempos.
Menção Horrorosa
Equipe Williams
Jogou no lixo a ótima corrida dos seus dois pilotos com uma estratégia inexplicável.
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