sábado, 18 de outubro de 2014

PROVAS DE QUE O MUNDO ANDA PERDENDO A GRAÇA

O mundo está ficando a cada dia mais chato. E olhe que não é só por causa da política no facebook.

Tanto padrão, tanta regra, tanta norma, tanto patrulhamento, tanta gente bancando de doutor, que estamos vivendo uma época que as coisas estão assépticas, pasteurizadas, incolores, inodoras e insípidas.

Pois não foi que ontem descobri que o icônico picolé da capelinha, está sendo vendido EMBALADO! Isso é o fim do mundo chegando, como dizia minha saudosa avó. Agravada a situação, pois estava sendo vendido numa loja de posto de gasolina.

Suponho essa tétrica mudança seja por causa de alguma legislação desalmada ou para "atender a um público cada vez mais exigente", esse nefasto mantra que coloca tudo no mesmo balaio, que plastificaram o Picolé da Capelinha.

Comer o Picolé da Capelinha era um processo com metodologia bastante particular: 

1 - Escolher um dos três mil e quinhentos sabores (manga, cajá, coco, tapioca, amendoins eram o mais comuns), tinha época de aparecer o creme holandês – o melhor de todos -, de biscoito (!) e um tal de minissaia (!). 

2 - Observar o vendedor tirar o escolhido de dentro do isopor com todos os sabores do mundo lá dentro, misturado (tinha um tempo que eu achava a caixa de picolé um portal para outra dimensão, pois não era possível ter tanta coisa numa caixinha de isopor) e por último saborear aquela maravilhosa iguaria, onde acabava por sentir o gosto de TODOS os sabores que estavam na caixa até por fim chegar naquele que você escolheu.

3 - O plus era quando pagava, que o vendedor segurava o dinheiro com a mesma mão que escolhia o picolé.

Nunca vi ninguém morrer, parar no hospital ou ficar doente com isso....

Mas a resistência ao sistema se manifesta sutilmente, para que as tradições se mantenham. Não sei se de propósito, mas na embalagem NÃO DIZ DE QUE É o picolé. 

Sorte sua se acertar o sabor que você queria.



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O ASSUNTO É MÚSICA E FILME - ÚTEROS EM FÚRIA

Vale a pena gastar uma hora de sua vida para assistir a um documentário de uma das bandas mais fodásticas dos anos 90 e que apareceu justamente em Salvador.