quarta-feira, 30 de março de 2011

GP BRASIL 2011 - EU VOU!

A não ser que eu morra antes...

Ingressos comprados, agora acompanhar passagens e agilizar a hospedagem.

O único problema é que está ficando proibitivo, quase 600 paus, fica difícil....

Mas o que importa é que compensa, ô se compensa!


quarta-feira, 23 de março de 2011

O IMPORTANTE É TER HISTÓRIAS PARA CONTAR, PARTE 5.2

Ou se minha visse passaria vergonha, ou mais motivos para eu ter deixado de beber.

Lembrando desses carnavais em Caravelas, com a inestimável ajuda dos contemporâneos, que foram testemunhas oculares da história, recordamos que logo no primeiro ano, alugamos uma casa numa rua que corria paralela ao "circuito" da festa.

Para esclarecer, o carnaval de Caravelas acontece num "circuito" de duas ruas, onde nos extremos tem duas praças, uma da igreja e a outra da quadra de esportes, as ruas eram muito próximas uma das outras e se interligam por travessas bem curtas e quase sempre estreitas.
Nossa casa ficava a no máximo 50 metros da rua da festa e era ao lado do posto da antiga Telebahia (Para os mais novos, há 18 anos telefone em certas cidades só nas casas dos ricos ou no posto da Telebahia, onde a gente fazia fila para ter de ligar para casa, num telefone público a ficha). Assim nossa casa fica num ponto de referência da cidade...

Pois bem, já no primeiro dia, depois de umas doze horas de viagem, e passando o dia bebendo, vou para a rua, me enrabicho com uma menina - depois escrevo detalhes sobre isso - e me separo da galera e, a coisa mais difícil de acontecer, me esqueci do caminho de casa.

Cara, sete horas da manhã, eu, evidentemente, fora as minhas condições normais, desorientado e andando perdido numa cidade estranha, sem conhecer ninguém, doido para dormir... bateu um desespero que eu fui perguntar para alguém, mas a essa altura eu não conseguia nem falar....

Percebi uma pessoa encostada numa parede, me recompus e fui todo garboso perguntar onde ficava o bendito posto da Telebahia. Chegando perto vi que a pessoa, na verdade eram duas no maior amasso, mas como eu tava no pânico nem quis saber, cutuquei o cidadão e balbuciei(?) alguma coisa como onde ficava o posto.

O cidadão que adorou a minha inconveniente interrupação, respondeu com toda simpatia: se você conseguir chegar lá, basta atravessar a rua......

Pois é meus amigos, o cidadão estava encostado na parede da casa onde eu estava e eu já tinha passado por ela pelo menos uma três vezes antes daquele desfecho deprimente.....
E isso foi só o começo...

O IMPORTANTE É TER HISTÓRIAS PARA CONTAR, PARTE 5.1

Ou, o dia seguinte, ou eu já fui careca

Pois é, ultimamente abri o meu baú de recordações me deparando com momentos, pelo menos agora, engraçados, mas que à epoca foram de grande sufoco...

Continuando o post anterior, depois de ter escapado da vingança do cara do boné do vasco, no dia seguinte fomos à praia da Barra de Caravelas (lugar lindo e maravilhoso)para desintoxicar e renovar as energias para mais um dia/noite de festas.

Como não podia deixar de ser, levamos uma bola e batemos o tradicional "baba" da galera nas areias da praia quase deserta.

Fazer qualquer atividade física na areia é normalmente muito desgastante, ainda mais para quem estava sem dormir e bebendo sem parar a pelo menos dois dias...

Nessa que em menos de meia de hora estavam todos "mortos", jogando somente pela fome da bola e eis que surge uma galera do Espírito Santo pedindo para se juntar à emocioante partida que alis e desenrolava....

Eu já estava num estado em que as pernas não obedeciam o comando da cabeça, situação que se tornou ainda mais crítica para mim que não fui privilegiado com o dom de jogar futebol, quando o lance capital da partida:

Tentem imaginar...

O cara chuta a bola e ela vem em minha direção;
O time adversário começa a gritar VAI FURAR! VAI FURAR!;
Vinha o adversário correndo em minha direção;
Eu pensei: "Não vou furar, tenho tempo e espaço para dominar a bola;
E ela vindo, quando
FUREI
O cidadão passou correndo por mim e pegou a bola;
Pensei: não vou deixar ele fazer o gol;
Mas as pernas não obedeciam, mas eu estava decidido em não deixá-lo fazer o gol, quando lancei mão do único expediente que me restava naquele momento:
DEI-LHE UMA VOADORA NO MEIO DE SUAS PERNAS

O cara bem mais alto que eu, CAPOTOU umas tres vezes, se levantou, me encarou e eu me levantei, firme no meu propósito nem liguei e ainda dei uma canelada em outro cara do time adversário....

Esse lance foi motivo de comoção entre os que jogavam e assistiam e o comentário que conseguiu sintetizar aquela situação foi um dos assistentes que falou:

PORRA, O ZAGUEIRO CARECA ESTÁ BOTANDO PARA FUDER!

Sds

terça-feira, 22 de março de 2011

O IMPORTANTE É TER HISTÓRIAS PARA CONTAR, PARTE 5

Ou como acabar com o carnaval dos outros, ou, porque eu odeio o Vasco, ou, porque parei de beber, parte II.

Hoje recebi uns email com a galera que passava o carnaval na cidade de Caravelas, no extremo sul da Bahia, que me fez buscar no "arquivo morto" da minha cabeça as boas lembranças dessa época, e por tabela, os vexames ocasionados pelos excessos etílicos, tão comuns nessa época do ano.

Primeiramente é necessário falar sobre Caravelas e o seu carnaval....

Caravelas é uma cidadezinha no extremo sul da Bahia, que tinha, pelo menos pra mim que não gosto de muvuca, o melhor carnaval do mundo. Tinha trio elétrico, festa à noite e bagunça de dia, pelo fato de ser no estuário, arranjávamos passeios de barcos pelas ilhas do lugar. Era muito bom para se divertir e descansar.

Ajudava o fato de sair de Salvador toda a "tropa" que tinha no carnaval a época de juntar todo mundo, botar as conversas em dia e beber, beber muito mesmo....

Não lembro bem qual o ano, mas foi o terceiro ano que ia até lá e dessa vez fretamos um ônibus, já estava ambientado com o lugar, conhecia a "galera" e "dominava" as ações durante a estada.

Pois bem, devia ser o segundo dia de festa, e como de costume estava todo mundo lá, reunidos no famoso bloco "Seu Kuka é Eu". Pausa. Não é um bloco de carnaval de cordas, era a galera reunida devidamente "fardada" para bagunçar na festa.

Bom, como era de costume estava todo mundo lá, por volta de umas oito horas da noite, começo da festa, e eu, pra variar, já estava "pronto" abastecido até a tampa, num trabalho dedicado desde a noite anterior, realizado em várias etapas, lugares e companhias diversas.

Nesse ano, pela primeira vez um de nós levou uma filmadora, para registrar os "melhores" momentos e estávamos lá, aproveitando a novidade, quando repentinamente, a desdita começou a se desenhar.....

Apesar do meu estado, apareceu uma menina muito bonita que dançava perto do palco montado na praça da Igreja, e ela realmente chamava a atenção porque todos "abriram a roda" para que ela dançasse e a gente pudesse filmar e quem sabe tentar alguma coisa mais tarde, quando nessa hora, surge do nada um cara, que achei que fosse um dos nossos, e fica na frente da menina, atrapalhando a filmagem, gentilmente pedi para o infeliz que saísse da frente com as doces palavras "Você é viado, porra? se você não gosta disso, deixe pelo menos a gente, que gosta, ver".

Naquela situação, não reparei que ele não era da galera e que era umas duas vezes maior que eu e que chegou pra mim dizendo que ia me pegar... e ele estava com uns dois do mesmo naipe... ou seja, tinha tudo para me ferrar...

Eu já estava com a visão escurecida, normal, pelas quantidades oceânicas de bebida ingeridas durante o dia e a única característica que consegui gravar naquela situação foi de que ele estava com um boné do Vasco.

Ao invés de me cuidar e ficar na minha, continuei bebendo e enchendo o saco da galera dizendo a toda hora: - Galera,o cara do boné do vasco vai me pegar... e isso se estendeu pelos outros três dias da festa e a ladainha era a mesma: rios de cerveja de dia, e o porre a noite toda - Galera, o cara com o boné do vaso vai me pegar, e nisso a galera tinha de ficar me escoltando pelas ruas de Caravelas.

Entã leitores queridos, caso vocês queiram ferrar com o Carnaval de alguém, tome todas e arrume confusão com alguém com o boné do vasco. É garantido!