segunda-feira, 20 de setembro de 2010

LET`S TALK ABOUT MUSIC

Sou do tempo em que era comum rotular as pessoas pelo tipo de música que a pessoa ouvia. Tinha o "bicho-grilo" que curtia MPB, o metaleiro, o headbanger (será que é assim mesmo?) e a figura do roqueiro muito doido.

Desde sempre o rock esteve associado com a rebeldia, com o comportamento "subversivo". Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Hendrix, Joplin, enfim, a lista é extensa e todos vendiam a imagem de comportamento pouco usual, excessos e essa aura de rebeldia habitava no imaginário como a coisa mais próxima da liberdade. embora todos, sem exceção tinha por finalidade algo mais vil: o lucro.

Bom, as coisas mudam para permanecer como sempre foram: a música continua sendo uma eficiente máquina de fazer dinheiro e continua associada ao estilo e comportamento das pessoas. Mas hoje vivemos uma época bruta e sem o menor charme, as ilusões se perdem no caminho, devidamente remuneradas por muita, mas muita grana.

O meu objetivo aqui não e filosofar sobre "o poder da grana que ergue e destrói coisas belas", mas compartilhar com meus fiéis 4 leitores a minha tristeza e por que não dizer indignação por saber que hoje, o artista de rock que mexe com corações e mentes em escala global é uma menina: Justin Bieber

O lance não é nem esse. Uma música "mela cueca" frouxa sem nada demais... O cara é limpinho, cabelo cuidadosamente desalinhado, bem comportado, bonitinho, enfim, o filho mongolóide que toda a mãe deseja...
Esse processo de "pasteurização" parece ser inevitável para os chamados "artistas de massa". Onde colocam todo mundo no mesmo balaio, seja rock, rap, ou carnaval, a essência ( se é que isso tem essência) é a mesma, somente mudando a embalagem, com um detalhezinho aqui e ali, devidamente pesquisado e desenvolvido nos departamento de marketing nos conglomerados de entretenimento.
Deus abençoe a internet, território livre. Por enquanto.

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